O que é Tuberculose, sintomas, tratamento e tipos

O que é Tuberculose?

Doença altamente contagiosa, a tuberculose – também conhecida como TB – pode ser facilmente transmitida pelo ar, saliva ou a partir do contato direto com outros tipos de secreções corporais do indivíduo contaminado pela bactéria. O problema é considerado grave e pode afetar diferentes órgãos do corpo. A bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), responsável pela infecção pode chegar aos ossos, rins, cérebro, pele e inclusive coluna vertebral.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, surgem no mundo até 6 milhões de novos casos da doença anualmente. Só no Brasil, os casos chegam a atingir 70 mil pessoas e levam à morte até 4,6 mil delas.

Na África, a tuberculose ainda é uma doença muito perigosa e que pode levar muitas pessoas à morte, principalmente os indivíduos com HIV, indígenas, pessoas que vivem nas ruas e população privada de liberdade.

Ainda hoje ela é considerada um problema para a saúde pública do país. Mas, felizmente, os dados têm sofrido reduções positivas nos últimos anos, apesar de ainda serem preocupantes.

O aumento de casos de indivíduos com o vírus da AIDS influenciou diretamente no aparecimento de novos casos de tuberculose. Isso, porque o sistema imunológico debilitado dessas pessoas se tornou mais suscetível à contração da bactéria causadora da tuberculose.

Apesar disso, o seu diagnóstico nem sempre é fácil. Os sintomas podem passar despercebidos pelo paciente, fazendo com que o mesmo demore muito tempo para procurar ajuda médica. Isso pode piorar o seu estado de saúde, considerando que até lá o indivíduo estará com o organismo extremamente enfraquecido e vulnerável.

Sintomas mais comuns

É comum que o paciente sofra com alguns sintomas característicos da doença, como: febre alta, tosse, dores na região do tórax, falta de ar, sensação de mal-estar, perda de peso considerável e palidez. Por isso, esteja atento e observe atentamente o desenvolvimento da doença, para que ela possa ser analisada corretamente pelo médico pneumologista. É possível que em algum momento os sintomas possam ser confundidos com sinais de outros problemas de saúde como, a pneumonia mas se observados o tempo em que eles surgiram, é possível distinguir os dois problemas.

Como acontece?

O quadro infeccioso se inicia nos pulmões a partir de uma bactéria responsável pela irritação do local. Quando atinge outras partes do corpo, é possível que ela se multiplique e atinja diretamente o sistema imunológico do paciente. Existem 3 possíveis formas para que a doença se aloje no organismo:

O sistema imunológico debilitado entra em contato direto com as bactérias, que acabam se multiplicando no organismo após um determinado período. Comum em casos de tuberculose pulmonar.

A bactéria pode ficar adormecida no organismo durante um longo período de tempo. Quando o indivíduo fica com a imunidade baixa é possível que a bactéria em questão fique ativa e causa os sintomas da tuberculose.

O organismo mesmo em contato direto com a bactéria consegue eliminá-la sem que o indivíduo em questão sinta os sintomas decorrentes da doença.

- Conheça os diferentes tipos de tuberculose

Tuberculose extrapulmonar

A doença acomete outros órgãos do corpo, que não sejam os pulmões.

Tuberculose pleural

Esse tipo atinge uma membrana do pulmão conhecida como pleura. Os sintomas mais frequentes são: dor na região do tórax, falta de ar e água na membrana pleural.

Tuberculose ganglionar

Extremamente comum entre as pessoas com o vírus HIV, a tuberculose ganglionar afeta principalmente os gânglios (linfonodos) da região do pescoço. A bactéria responsável (bacilo de Koch) causa o aumento da região e, apesar de não causar dor, o crescimento dos gânglios pode gerar o desenvolvimento de fístulas na pele.

Tuberculose óssea

Acomete a região da coluna vertebral e pode causar dores na região das costas. Os sintomas tendem a piorar com o tempo e quando não é tratada corretamente pode causar alterações no sistema neurológico e inclusive afetar os motivos do corpo.

Tuberculose urinária

O problema pode ser confundido facilmente com casos de infecção urinária devido aos sintomas sentidos. Na hora do diagnóstico é essencial que o médico responsável prescreva o uso de antibióticos específicos e também realize exames como a urocultura. Esse tipo de tuberculose requer cuidados rápidos, para evitar que a situação se agrave e cause insuficiência renal.

Tuberculose cerebral

Esse tipo merece atenção redobrada. Quando o tratamento correto não é realizado é possível que o quadro evolua para uma meningite e forme tumores no sistema nervoso central.

Tuberculose ocular

Os casos de tuberculose ocular costumam atingir primeiramente os pulmões e, de forma secundar, a infecção acaba afetando o globo ocular. Esse tipo, que é considerado raro, é mais comum entre os homens e indivíduos negros. Também pode ser mais frequente em pessoas com as defesas imunológicas fracas (soropositivas, diabéticas ou com câncer).

Tuberculose cutânea 

A tuberculose de pele ocorre com maior frequência em países tropicais e com muita umidade. É comum entre os indivíduos de baixa renda social ou imunodeprimidos. A infecção, assim como em outros casos, atinge primeiramente o pulmão, e pode acabar se dissipando para outras partes do corpo.

Tuberculose do coração (pericardite) 

O saco que fica em volta do coração, conhecido como pericárdio, acaba sofrendo uma inflamação (pericardite) e, devido a isso, acaba afetando à saúde do paciente, causando diversas complicações em outros órgãos do corpo.

Tuberculose do peritônio

Costuma ser um problema muito raro e grave. Os altos índices de mortalidade causados por esse tipo de tuberculose acontecem devido à dificuldade em diagnosticar a doença e realizar o seu tratamento. Os sintomas são, em sua grande maioria, pouco suficientes para conseguir um diagnóstico concreto. É essencial que o paciente realize exames como a laparoscopia para conseguir afirmar a existência dos casos de tuberculose gastrointestinal e do peritônio.

O isolamento pode ser necessário?

Na maior parte dos casos, os pacientes com o tipo de tuberculose extrapulmonar não necessitam se preocupar com possíveis restrições, pois o problema não é transmissível a partir de bactérias. Já os quadros de tuberculose pulmonar ou laríngea exigem que o indivíduo se mantenha isolado por pelo menos 15 dias, até que o seu tratamento tenha surtido o efeito desejado e as pessoas do seu convívio social não corram mais riscos. Essas exigências são realizadas porque por aproximadamente 2 semanas o problema ainda pode ser transmitido facilmente.

Formas de transmissão e fatores de risco

Entre as principais formas de transmissão estão: má higiene, má alimentação, além de contato direto com indivíduos contaminados pela doença, seja através da saliva, tosse ou espirro. O consumo de bebidas alcoólicas e cigarro também pode afetar o sistema imunológico, aumentando as chances da bactéria se alojar no organismo.

Diagnóstico

Baciloscopia do escarro: a coleta de escarro é essencial para que o diagnóstico consiga diferenciar o problema, que muitas vezes pode ser confundido com os casos de pneumonia. A análise, que será realizado a partir de uma amostra de escarro coletada diretamente da tosse do paciente, deve ser feita antes de iniciar a administração de qualquer medicação.

Radiológico: o raio-x do tórax é essencial para ajudar no diagnóstico do problema. Ele ajuda a reconhecer modificações na estrutura dos pulmões.

Prova Tuberculínica (PT): analisa os antígenos da bactéria responsável pelo desenvolvimento da tuberculose (M. Tuberculosis).

Formas de tratamento

O tratamento deve consistir basicamente na prescrição de antibióticos. O problema necessita de cuidados constantes por aproximadamente 6 meses. Período em que o indivíduo ainda pode ter resquícios da doença em seu organismo. Boa parte dos pacientes acaba largando o tratamento antes da sua finalização, por isso é essencial que existam médicos e enfermeiros responsáveis pelo acompanhamento do processo. Os medicamentos mais utilizados são:

Bromidrato de Fenoterol

Rifampicina

Isoniazida

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica.

Prevenção

A prevenção da doença se torna eficaz a partir da imunização massiva da população. Por isso, o próprio Ministério da Saúde aconselha que logo após o nascimento os bebês já sejam vacinados contra a doença. A doença BCG é essencial principalmente em indivíduos debilitados, como bebês prematuros ou com o vírus HIV (transmitido através do parto).

Apesar disso, outras recomendações podem ser importantes na hora de evitar a doença, como evitar ambientes fechados e sem a circulação necessário do ar, evitar colocar as mãos nos olhos, nariz ou boca quando elas não estiverem higienizadas.

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de AIDS não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.

Indivíduos que não receberam a vacina BCG nos primeiros anos de vida devem realizar o teste PPD (também conhecido como Mantoux) para evitar um possível contato com a bactéria. Quando esse teste não apresenta nenhum tipo de reação, significa que a vacinação contra a tuberculose nunca foi realizada.

Os cuidados são extremamente necessários em casos de tuberculose. Quando não recebe o devido tratamento, o problema pode ser perigoso e inclusive levar à morte. Por isso, procure ajuda médica assim que os sintomas surgirem.

Fonte: Minuto Saudável

Foto: Imagem Google

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