A importância de brincar para as crianças

Atividades extracurriculares, cursos, deveres da escola, novas tecnologias… cada vez mais, as crianças aprendem desde cedo a necessidade de estarem conectadas com as novidades. Com tantas obrigações,  sobra pouco tempo para brincar ou ter momentos de descontração dentro de casa ou com os colegas. Brincar, de variadas formas e em diferentes ambientes, é importante para o desenvolvimento e aprendizado da criança, como indicam os atuais estudos sobre o tema.

Por muito tempo, as brincadeiras eram desvalorizadas para o aprendizado das crianças, que começavam desde cedo a ajudar no sustento das casa. Até algumas décadas atrás, as crianças eram necessárias para a economia e não eram tratadas com muita diferença dos adultos. Com o avanço das tecnologias e urbanização, a infância começou a ser protegida, como um momento de aprendizado, apenas. A importância das brincadeiras nessa fase da vida foi até tema da pesquisa do americano Howard Chudacoff, que analisou o comportamento das crianças nos últimos 500 anos. Em seu livro, Children at Play: an American History, Chudacoff acredita que atualmente as crianças brincam cada vez menos e mais sozinhas, com o excesso de proteção dos responsáveis e obrigações estabelecidas por eles.

Ao brincar, as crianças aprendem conceitos importantes para o restante da vida, como respeitar as regras, socialização, memorização e, principalmente, desenvolvem o pensamento criativo e a imaginação. É através das brincadeiras que as crianças expressam sua visão de mundo e a forma que entendem a realidade que a cercam, muitas vezes, imitando o comportamento dos adultos e dos modelos de referência. Dessa forma, é indicado que os responsáveis brinquem com as crianças e participem desses momentos quando possível, ensinando novos jogos e maneiras de se divertir.

É importante que a criança tenha uma variedade de brinquedos e opções de lazer, para não ficar restrita à televisão ou jogos eletrônicos. Muitas vezes, brincadeiras simples como jogos de tabuleiro ou parques rendem ótimos momentos. É possível estimular que a própria criança faça seus brinquedos e invente os próprios jogos e histórias, que se tornarão bem mais interessantes que um jogo eletrônico. Além disso, as novas gerações estão conectadas com as novidades de mercado, e costumam exigir brinquedos cada vez mais caros e sofisticados. Nesse momento, é importante ponderar o que é força do marketing e se o brinquedo é indicado a faixa etária e perfil da criança.

Há um grande debate sobre a influência dos videogames e jogos eletrônicos no lugar das brincadeiras tradicionais (que estaria relacionado com o aumento da obesidade infantil), entretanto, o importante é que os responsáveis estimulem a variedade de brincadeiras e, principalmente, estabeleçam limites. O ato de brincar não deve ter a preocupação de ensinar conteúdos, mas ser um ato natural para a criança, sem compromisso. Brincar pode ser muito educativo, além de divertido!

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