Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo

Alcoolismo, uma doença crônica, com características comportamentais, sociais e econômicas caracterizada pelo uso compulsivo de álcool na qual o usuário se torna gradativamente insensível à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sintomas de abstinência, quando o álcool é retirado.

O ambiente é fator importante no alcoolismo, mas há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a dependência do álcool.

O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em pessoas com pais que tenham tido a doença.

Pesquisas mostram que adolescentes filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não usam o álcool de maneira compulsiva.

Um grande número de filhos de alcoólicos se recusam a beber devido o exemplo negativo dos pais. Esta pesquisa mostra também que determinado número de filhos de alcoólicos que são acompanhados durante anos acabam com o tempo abandonando os valores éticos iniciais e se tornando também dependentes do álcool.

Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de largar a bebida do que alcoólicos que não têm história familiar de abuso da droga.

Os sintomas da intoxicação aguda variam de pessoa para pessoa: algumas apresentam euforia, perdem a inibição social e adquire comportamento expansivo, outras apresentam comportamento emotivo exagerado e muitas delas ficam irritadas, agressivas e até violentas.

Ao contrário das pessoas que ficam eufóricas e  que perdem a inibição, existem aquelas que ficam sonolentas e entorpecidas. Segundo estudos essas pessoas quase nunca desenvolvem a dependência do álcool.

Com o aumento da concentração do álcool na corrente sanguínea, a função do cérebro começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração na capacidade de raciocinar, dificuldade no falar, perda do equilíbrio, movimentos lentos ou irregulares dos olhos, visão e alteração nos batimentos cardíacos. O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza.

Se o consumo ainda continuar, surgem: lentidão, redução dos batimentos cardíacos, queda da pressão arterial, comprometimento respiratório e vômitos, que podem ser aspirados e chegar aos pulmões, provocar pneumonia e outros efeitos colaterais perigosos chegando até o óbito.

Praticamente o fígado é responsável por mais de 90% do metabolismo. O restante é eliminado pelos rins, pulmões e pele.

Diversos estudos demonstraram que as pessoas capazes de resistir ao efeito embriagante do álcool, estatisticamente, apresentam maior tendência a tornarem-se dependentes.

O álcool é uma droga da classe depressora do Sistema Nervoso Central. Para contrabalançar esse efeito, o cérebro do usuário crônico aumenta a atividade de certos circuitos de neurônios que se opõem à ação depressiva. Quando a droga é retirada de maneira abrupta, depois de longo período de uso, esses circuitos estimulatórios não encontram mais a ação depressora para equilibrá-los e surge, então, a síndrome de hiperexcitabilidade característica da abstinência. Os sintomas mais frequentes são: tremores distúrbios da percepção, convulsões e delirium tremens.

Quando a internação se faz necessária é imprescindível que a clínica de reabilitação possua estrutura e profissionais preparados para oferecer o suporte necessário ao tratamento do dependente.

Uma das características mais marcantes do alcoolismo é a negação de sua existência por parte do dependente. Poucos reconhecem o uso abusivo de bebidas, passo considerado essencial para livrarem-se da dependência.

As recomendações atuais para tratamento do alcoolismo, envolvem duas etapas:
a) Desintoxicação – realizada por alguns dias sob orientação médica, permite combater os efeitos agudos da retirada abrupta do álcool. Dados os altíssimos índices de recaídas, no entanto, o alcoolismo não é doença a ser tratada exclusivamente no campo da medicina.

b) Reabilitação – Alcoólicos anônimos – Controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes devem ser encaminhados para programas de reabilitação, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem o uso do álcool.

Fonte: Site Passos para Liberdade

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