Dia da Proteção das Florestas

O Dia de Proteção às Florestas é comemorado anualmente em 17 de julho.

Esta data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação das florestas, que, além de ser lar de inúmeras espécies de animais e plantas, é imprescindível para a qualidade de vida do ser humano.

O Brasil abriga dois domínios de vegetação majoritariamente composto por formações florestais. São eles: o Domínio Amazônico, conhecida como o “pulmão do mundo”, e o Domínio Mata Atlântica, classificado como um dos hot-spots de biodiversidade mundial.

Na cultura popular brasileira, a proteção das florestas é personificada na figura mística do Curupira, um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a protegê-la da invasão e ataque de pessoas má intencionadas.

Por este motivo, o dia 17 de julho também é considerado o Dia do Curupira, o “protetor das florestas”.

Apesar de ser apenas uma lenda, hoje sabemos que existem diversos profissionais que realmente protegem diariamente nossas florestas.

Chico Mendes destacou-se como um importante homem que levantou a bandeira da luta contra a destruição da Amazônia.

Ele realizou diversos trabalhos e lutou ativamente contra o desmatamento e o massacre de índios.

Em virtude de sua luta, gerou revoltas e começou a receber ameaças, sendo morto em 1988.

Outro caso bastante conhecido e que merece reconhecimento é o da missionária Dorothy Stang.

Essa grande figura era conhecida por proteger a floresta da ação de madeireiros, grileiros e fazendeiros. Infelizmente também acabou perdendo a sua vida em 2005, por defender essa importante causa.

Entretanto, vale salientar que não existem apenas essas duas figuras importantes em nossa história.

Vários ativistas, biólogos, engenheiros, professores e outros profissionais lutam diariamente contra a destruição das florestas, sendo esses os verdadeiros “Protetores das Florestas”.

As florestas são importantes para o equilíbrio dos ecossistemas e o interesse econômico não deve estar acima do interesse do planeta.

Organizações não-governamentais e entidades, como o Greenpeace, por exemplo, aproveitam esta data para realizar ações práticas que possam mostrar para a população os perigos que aguardam a humanidade caso não seja feito algo para proteger as florestas.

As florestas comumente são definidas como uma vegetação rica em formas de vida, estruturalmente dominada por espécies arbóreas, nas quais as copas unem-se e formam o que chamamos de dossel.

Entretanto, diversas definições existem, principalmente para nortear o trabalho de diferentes órgãos.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, por exemplo, a floresta pode ser definida como uma “área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano.”

Estudos recentes têm indicado um aumento na regeneração florestal em algumas áreas, principalmente da Mata Atlântica, o que significa um alento às inúmeras iniciativas para restauração de trechos florestais. E nesta luta, não podemos deixar de lembrar como é importante que todos tenham consciência da importância desta atividade para a preservação das florestas brasileiras.

Esta é uma prática positiva, seja por objetivo comercial ou ambiental, consistindo na restauração de uma série de recursos ambientais.

Só a Amazônia, o maior dos domínios da América do Sul, é metade das florestas tropicais do mundo, com valores altíssimos em termos de biodiversidade, além do enorme potencial genético.

E a Mata Atlântica, desmatada desde os primórdios da colonização do país em ciclos econômicos agrícolas (as plantações de cana de açúcar e de café) ocupadas pelo estabelecimento histórico de vilas e cidades acompanhando o litoral, teve o mais alto grau de desmatamento e consequentemente o mais alto grau de perda dos habitats originais. Hoje, o que restou (menos de 8% de sua área primitiva), está fragmentado, sendo melhor a situação na parte costeira da Mata Atlântica (onde o relevo acidentado ajudou na conservação), principalmente em São Paulo, e pior no interior (onde o relevo de planaltos favoreceu a ocupação).

Quando uma floresta deixa de existir, a biota perde o seu habitat e tende a desaparecer também, provocando o desequilíbrio da cadeia alimentar.

A perda da cobertura vegetal causa a degradação do solo e, consequentemente, a desertificação em muitas áreas do Norte e do Nordeste.

Seguem abaixo, vários motivos para que levemos a preservação das florestas a sério:

  • O Brasil abriga 20% de todas as espécies do planeta;
  • O mundo perde 27 mil espécies por ano;
  • A Amazônia ocupa metade do Brasil e abriga 2/3 de todo o remanescente florestal brasileiro atual;
  • O Brasil detém 12% das reservas hídricas do planeta;
  • Já perdemos cerca de 20% da Amazônia, o limite estabelecido pela lei;
  • Na Mata Atlântica, domínio de mais longa ocupação no Brasil, 93% já foi perdido;
  • Mesmo quase totalmente desmatado, ainda tem gente que ataca a mata atlântica: a taxa média de desmatamento de 2002 a 2008 foi equivalente a 45 mil campos de futebol por ano;
  • Perdemos 48% do cerrado;
  • Perdemos 45% da caatinga;
  • Entre 2002 e 2008, a área destruída no cerrado foi equivalente a 1,4 milhão de campos de futebol por ano, na caatinga o equivalente chegou a 300 mil campos;
  • Perdemos 53% dos pampas;
  • Entre 2002 a 2008 perdemos o equivalente a quatro mil campos de futebol por ano nos pampas;
  • Perdemos 15% do Pantanal;
  • Por ano, perde-se 713 km2 de Pantanal;
  • Se mantivermos as taxas de desmatamento registradas até 2008 em todos os domínios, perderemos o equivalente a três Estados de São Paulo até 2030;
  • O Brasil é o 4º maior emissor de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global, principalmente porque desmatamos muito;
  • 61% das nossas emissões vêm do desmatamento e queima de florestas nativas;
  • A expansão pecuária na Amazônia é, sozinha, responsável por 5% das emissões de gases-estufa em todo o mundo;
  • Mudanças climáticas impactam diretamente as cidades brasileiras;
  • Preservar as florestas ajuda a regular o clima e proteger as populações;
  • Mudanças climáticas impactam diretamente a agricultura. A Embrapa, por exemplo, prevê desertificação do sertão nordestino e impacto nas principais commodities brasileiras, como soja e café; os mais pobres sofrem mais;
  • Saltamos de uma taxa de 27 mil km2 de desmatamento na Amazônia em 2004 para menos de sete mil em 2010. É possível zerar essa conta;
  • Empresas que comercializam soja no Brasil são comprometidas, desde 2006, a não comprar de quem desmata na Amazônia. A produção não foi afetada e o mercado pede por produtos desvinculados da destruição da floresta;
  • Os maiores frigoríficos brasileiros anunciaram em 2009 que não compram de quem desmata na Amazônia. O mercado não quer mais desmatamento;
  • O Brasil pode dobrar sua área agrícola sem desmatar, ocupando áreas de pasto ou abandonadas; 60% da vegetação nativa do Brasil estão contidas nas reservas legais – instrumento de preservação do Código Florestal que os ruralistas tentam acabar;
  • A pecuária ocupa cerca de 200 milhões de hectares, quase ¼ de todo o Brasil. Boi ocupa mais espaço que gente. E isso porque a produtividade da pecuária no Brasil é muito baixa: um boi por hectare. Dá para triplicar o rebanho sem desmatar;
  • Um terço de todo o rebanho bovino brasileiro está na Amazônia, onde 80% da área desmatada é ocupada com bois. Ali há 22,4 milhões de hectares de pastagens abandonadas e degradadas, ou uma Grã-Bretanha, que poderiam ser reaproveitadas. Só não são porque derrubar é mais barato;
  • Mais de 70% das espécies agrícolas cultivadas dependem de polinizadores, que por sua vez dependem da natureza em equilíbrio. A FAO calcula que esse serviço prestado pelos insetos é equivalente a € 150 bilhões (R$ 345 bilhões), ou 10% produto agrícola mundial;
  • O Código Florestal é fundamental para manter as florestas em pé;
  • Num cenário de desmatamento zero, a agricultura familiar teria tratamento diferenciado. Isso porque, a despeito de ocupar apenas 25% da área agrícola brasileira, é o real responsável por produzir a comida (70% do feijão, 58% do leite e metade do milho brasileiro vem da agricultura familiar) e por gerar emprego no campo (74% da mão de obra).

Você não precisa que uma ONG organize atos para a preservação das florestas para fazer a sua parte.
Existem várias maneiras de você fazer a diferença, sendo um protetor da natureza:

  • Organize atividades de restauração de áreas degradadas em sua cidade;
  • Mutirões de limpeza de matas, córregos e afins fazem muita diferença;
  • Busque informações de como você mesmo pode plantar árvores e com algumas dicas de um profissional você pode ser agente de uma grande mudança para o planeta;
  • Saiba quais empresas trabalham de uma forma menos impactante ao ambiente e dê preferência aos seus produtos;
  • Cuidado com o fogo! Não jogue pontas de cigarro acesas na mata. Além de causar incêndios, você está poluindo.
  • Também evite fazer fogueiras, principalmente em dias de muito vento;
  • Não solte balões ou fogos de artifício na mata. Mesmo após o estouro, ainda permanecem com fogo e brasas, o que pode iniciar um foco de incêndio;
  • Evite comprar objetos de madeira extraída de árvores ameaçadas de extinção;
  • Compre apenas madeira extraída de áreas em reflorestamento;
  • Certifique-se que o fornecedor é amigo do ambiente;
  • Controle o seu consumo de papel! Use sempre os dois lados da folha;
  • Dê preferência à compra de material reciclado e sempre que possível destine o seu papel usado à reciclagem; e
  • Repasse conhecimento. Transmita a importância do meio ambiente e como todos ao seu redor podem ajudar a salvar as florestas. Encoraje as pessoas a viverem de uma forma que não prejudique o ambiente.

ENFIM, PRESERVAR NÃO É UMA OPÇÃO, MAS SIM UMA NECESSIDADE.

Preservar florestas é preservar a vida.

Fonte: Eflora Web

Foto: Pixabay

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